quinta-feira, 21 de julho de 2011

S.


A noite, és rainha!
Acordada, és meu carrasco.
O meu café te vicia,
Ou será que me devoras?

Insiste quando eu choro,
Quando imploro que vá embora.
Sua presença minha vida estende,
Meu copo de bebida barata se demora.

És minha constante inconsciente,
A tua onipresença me apavora.
Os teus braços me prendem
Ou sou eu quem te aprisiono?

Diga-me se as sete letras que te conceitua
Um dia me deixarão em paz...
Se tu é o que ficas quando alguém se vai,
O que queres dizer com Nunca mais?!

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa daqui é uma ótima descrição da angústia que a solidão traz, na verdade, há uma espécie de diálogo entre o carrasco e o prisioneiro... mto interessante! e as duas últimas estrofes são perfeitas em seu significado.

Amanda