segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pedaços

Quando me disseram que a minha vida não seria sempre
Um mar de rosas,
Eu não acreditei.
Demorou pra ficha cair que ele estava indo embora,
Ou que nós estávamos indo pra mais longe do que já éramos.
Ele quis levar nada de nossa casa apenas a parte que lhe cabia.
Sua mala era pequena, quase vazia.
Ainda nos cabia!
Mas ele parecia não querer levar:
Ele esquecera do retrato de nossos rostos sorrindo.
Três rostos que sorriam sem saber a dor da partida.

Nada fora quebrado, mas saímos todos aos pedaços.
É preciso tempo para juntar os cacos,
É preciso amor pra encontrarmos de novo
O mar, não de rosas,
Mas ao menos de ondas calmas de esperança de uma boa vida nova.

Ele não sabe, mas leva pedaços de cada um, de cada coisa vivida,
Boa ou ruim,
Mas pedaços que farão falta.

Nenhum comentário: